1. |
Insônia
03:45
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Tem sido difícil
Difícil de dormir
Insônia acabou
Com o resquício de
Forma ou exatidão
Com a convicção
Que a dor vai sumir
Se eu sumir daqui
O calor dessa coberta me acobertou
E o que era mental
Se tornou físico
Será que eu vou agir
Ou só assistir
Será que tem alguém me ouvindo
E no final eu nunca
To por inteiro aqui
No chão da sala espalhados
Os fragmentos de mim
Tudo é tão reto e opaco
Deve ser por isso que
O abismo tá aí pra se jogar
E se atirar
Insônia
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2. |
Palavras
04:18
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Como eu ponho em palavras
O que não tem palavra?
Como eu pego um sentimento
E transformo em argumento
Pra te convencer?
Todo dia ela me salva
Diz pra eu manteria a calma
Mesmo em meio aos meus demônios
Ela faz sonhar o sonho
Quando eu te escrevi isso
Eu realmente pensei
Eu pensei que a gente se bastava
Que era lindo não saber onde eu começava e onde você acabava
Tudo é mágica até ser realidade
E na realidade
Não tem sorriso que não se esvaia
As fotos do que fomos pareciam tão claras
Hoje elas são apenas umas...
Umas imagens embaçadas!
Você não sabe como dói colocar isso tudo em palavras
Você não sabe como dói
Tudo
O amor construído
Destruiu o meu ser
Ninguém sai ileso de ninguém
Como eu ponho em palavras
O nosso conto de faltas?
Como eu ponho em palavras
O que eu não digo em voz alta?
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3. |
Suficiente
03:35
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Eu só não quero me abrir pra nada ou ninguém
Toda essa coisa de estar suscetível
Pra depois deixar o rio seguir
Enfim, nunca foi pra mim
Eu só não quero me abrir pra nada ou ninguém
Eu só quero ficar quieto
Não é mais como se eu fosse acreditar em certos
Amigos ou aspectos
Que me roubaram a visão de que
Algo é eterno
Que há
Algo de sincéro
E eu quero
Me bastar
Pra não decepcionar
Cada detalhe, cada olhar sorriso ou gesto
Me mostra o quanto é inútil
Preservar o que se vai sem te avisar
Não vão te esperar
Será?
Algo é eterno
Que há
Algo de sincero
E eu quero
Me bastar
Pra não decepcionar
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4. |
Ex-Amigos
04:55
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Intacta é a ausência em ter o vácuo
Seguro em minhas mãos
Ferida aberta e invisível
É a solidão de ver
Uma faceta de vocês
Alguém que eu não quero conhecer
Pensei que nós tínhamos a nós
Três
Se das pessoas eu me distancio
Morro só, no frio
Porque sempre que eu me aproximo
Se revelam espinhos
E eu não vou romantizar
Nossa verdadeira natureza
De confiança feita pra quebrar
Pro que der e vier
Só enquanto quiser
Verdadeiro irmão
Que de mim abriu mão
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5. |
Falta
03:07
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E é difícil ter alguém que não se canse
E é difícil ser o mesmo de antes
Todos vão desaparecer
Ninguém vai perguntar por você
Me afoguei em corpos por puro prazer
Acelero o processo de me esquecer
Ele é tão pé no chão que não conseguiu sonhar
Ele só quer saber
Onde pisar
Aprendeu a nada dos outros você esperar
Mas então por que ainda falta?
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6. |
Aniversário
03:57
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Deixou cair um cisco e de repente chorou
Não quer mais ser tão sensível
Olha onde isso o levou
Deixa as angústias de lado
Que isso não mais importa
E se importar
Deixa alojar
Sempre em segundo plano
Sempre a segunda opção
A tua sina é ser sombra pra esse clarão
E eu me sinto um fracasso
Nos lençóis desse quarto
Mais um mês
Mais um aniversário
Peguei o que sobrou
O pouco do que eu sou
Mal se cicatrizou
O dia me passou
Sonho bom, não quero te estragar
Ainda mais mensurar
Como vai ser quando eu acordar
E arrancarem de mim esse sonho?
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7. |
Plástico
03:28
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Atrofiada
A inocência de um amor tão tranquilo
To me sentindo tão sem ninguém pra fazer sobre isso
Tão repentino companheirismo de momentos específicos
No final eu só conto comigo
E eu sou descartável
Só mais uma das
Milhões de cartas do baralho
E é por isso que eu
Quero morar no imaginário
Onde tenha alguém
Ooooh
Certo como a fluidez do rio
Nada se destaca na ilusão
O mito do insubstituível
É o que escorre das nossas mãos
E eu sou descartável
Só mais uma das
Milhões de cartas do baralho
E é por isso que eu
Quero morar no imaginário
Onde tenha alguém
Ooooh
Alguém do meu lado
Pra eu acreditar
Que ali eu sou necessário
E que não há medo
Em se sentir tão desarmado
Somos carne e osso
Ou
De plástico?
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8. |
Arquivos
05:11
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Lembra quando a gente ouviu junto
Your Hand in mine
E eu te levei no show
Do Explosions in The Sky
A gente não queria nada mais
Que discutir sobre os posts
Do Berlin Artparasites
Parece que foi ontem...
Lembra dos sonhos
Do Arranha-Céus
Do seu Manoel
Da São Clemente
E do Leblon
Do ruim e do bom
Hoje é tudo tão distante
Não importa o quanto eu cante
Sei que nada será como antes
E eu não quero seguir adiante
Vou me esquivar
Me preparar
Ao me deparar contigo
A gente virou nada menos
Do que um arquivo
De memórias impressas no corpo
Sonhadores se tornando estorvo
Um do outro
E eu to louco pedindo socorro
Todo dia 2 de novembro
Eu estou morto
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Primata RJ, Brazil
selo/gravadora independente de niterói, rj
independent record label from niterói, rio de janeiro, brazil
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